quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ROTEIRO EXCURSÃO HISTÓRICA: DESVENDANDO A CHAPADA DIAMANTINA-BA


ROTEIRO EXCURSÃO HISTÓRICA: DESVENDANDO A CHAPADA DIAMANTINA-BA


Roteiro:

1º Dia – 01/10/2012 (Quinta-feira)

Saída de Salvador
Shopping Iguatemi 22Hs

2° Dia - 02/10/2012 (Sexta-feira)

Manhã- 08:00 hrs.

Palestra de abertura (história da cidade)
A história do arraial fundado em 1845 por garimpeiros já em busca dos diamantes recém-descobertos da região é um reflexo das variações econômicas e políticas que essa atividade econômica impôs à Chapada Diamantina. Em pouco tempo as terras foram ocupadas por exploradores e comerciantes de diversos lugares do país, que em comum tinham a ambição do rápido enriquecimento.
Em 1856 a aglomeração ganhou o nome de Comercial Vila de Lençóis, em referência aos grandes comerciantes de pedras e mercadores, inclusive estrangeiros, que proliferavam na região. Como a circulação de dinheiro era muito grande em toda Chapada, enriqueceu também quem, atento às necessidades dos garimpeiros, soube vender a preços altos as mercadorias básicas, como alimentos (uma grande seca que começou em 1859 e durou três anos matou muitas pessoas de fome e evidencou a falta de infra-estrutura dos aglomerados).
Até cerca de 1871 a exploração das lavras diamantinas contribuiu para a construção de Lençóis. São desta fase as construções mais elaboradas da cidade, como a Capela de Nosso Senhor dos Passos, e nos saraus era comum usar diamantes para enfeitar as roupas dos participantes. Um consulado francês chegou a funcionar ali com a intenção de estreitar os laços comerciais entre a França e a região.
O esgotamento parcial dos solos da região e a concorrência de pedras encontradas no sul da África levou Lençóis a uma era de extrema pobreza e escassez de recursos. O comércio e o garimpo foram abandonados por seus exploradores.

A plantação de café, e mais tarde, a extração do carbonato (de mesma composição do diamante, porém menos concentrado) ajudam a retormar em parte a economia da cidade.
A decadência da região evidenciou ainda mais os conflitos políticos encabeçados por coronéis e levados ao extremo pelos jagunços. Mais uma vez a lei do mais forte ditava os limites em toda a região, em conflitos que durante décadas resultaram em assassinatos, sequestros e até uma cinematográfica luta contra os membros da Coluna Prestes, em 1926.

09:00 Hrs City Tour pela cidade de Lençois

10:30 Serrano

Serrano e Salão de Areias

Uma caminhada de 15 minutos leva você a um dos atrativos mais visitados da cidade. Suas águas escuras descem por pedras e piscinas naturais. Logo acima, fica o Salão de Areias coloridas formadas pela decomposição de rochas e conglomerados de arenito.

12:00 Hrs (intervalo de 1:00 Hora para o Almoço)

14:00 Hrs.Tarde- Vila do Remanso – Comunidade Quilombola Marimbus
"Para cada estrela do céu, existe um diamante na terra. E cada diamante tem o seu dono." Esse mito da cultura garimpeira da Comunidade Rural do Quilombo do Remanso, que fica em Lençóis, a 412 quilômetros de Salvador, é contado de geração em geração e hoje, mesmo com o garimpo decadente, é conhecido dos jovens. A pedra é parte fundamental da história desses descendentes de escravos libertos que rumaram para a chapada Diamantina, há um século, sonhando enriquecer. E é o resgate dessa história, contada por quem a viveu, que está servindo de ferramenta acadêmica para muitos estudiosos.

Noite livre.

3° Dia – 08/09/2012 (Sábado)

Manhã - 07:00 Hrs. Museu da Cidade de Palmeiras

09:00 Hrs. Morro Pai Inácio
O Morro do Pai Inácio tem 1.150 m de altitude e de lá de cima tem-se uma vista incrível com paisagens encantadoras para cada lado que se olha. A Serra do Sincorá, o Morrão, o Morro do Camelo e ao entardecer uma visão belíssima do pôr-do-sol.
Uma trilha de pouco mais de 500 m, por cerca de 20 a 30 minutos, leva ao topo do morro. A subida é tranquila, com alguns pequenos obstáculos no caminho, perfeitamente superáveis. A flora, as vegetações de Cerrado, as formas das pedras, vão tornando o curto caminho, mais belo

12:00 Hrs (intervalo de 1:00 Hora para o Almoço)

13:00 Hrs Quilombo Mulungu

Distando apenas a sete quilômetros da sede do município de Boninal a comunidade do Mulungu é constituída por 50 a 60 famílias que marcam e marcaram o lugar onde habitam. Os negros tiveram e tem presença significativa, pois com aproximadamente 500 moradores, em sua maioria descendentes de negros ou escravos alforriados, que no processo de exploração do ouro e de diamante na região, ai construíram seu território, suas relações e ,consequentemente seus projetos de vida.

Noite Livre

4° Dia – 09/09/2012

07:00 Hrs Gruta da Pratinha e Gruta Azul 

Gruta da Pratinha e Gruta Azul
Localizada dentro da Fazenda Pratinha, a gruta é inundada por águas azuis transparentes. Mais do que apreciar o cenário em terra firme, vale fazer uma flutuação na parte interna da Pratinha - basta alugar colete, máscara, snorkel e lanterna e seguir o guia, que vai na frente do grupo em um bote inflável, mostrando o caminho pelo túnel escuro. Lá dentro, peixes e formações rochosas são avistados com o auxílio das lanternas.  Mas o melhor ainda está por vir: na saída da gruta, já com luz natural, milhares de peixinhos dão os parabéns aos corajosos em meio à rica vegetação aquática.

A gruta termina em um imenso lago de águas azuis, que mais parece uma praia. Por ali, a pedida é fazer uma tirolesa de 85 metros, a 12 metros de altura; nadar e andar de caiaque.

Na mesma propriedade fica a Gruta Azul um lago translúcido que ganha tons azulados entre 14h e 15h (de abril a setembro), quando um feixe de sol invade uma abertura na rocha. A refração permite visualizar o fundo da caverna, que chega a 70 metros. Por conta da profundidade, é fechada para mergulho e flutuação.

13:00 Hs -  Encerramento das Atividades/Retorno para Salvador


·         Roteiro sujeito a alterações
·         Valores de Taxas de entrada e serviços adicionais serão são por conta do Participante.
Pai Inácio R$ 5,00 por pessoa
Gruta da Pratinha e Gruta Azul R$12,00 por pessoa
Visita à cidade de lençóis acompanhado por guia  R$5,00 por pessoa

2 comentários:

  1. tanto lugares interessantes e historicos na Chapada Diamantina ..Como a gruta da Fumaça ,cachoeiras e afins e vcs querem ir dois dias pro Quilombo...Já está apelando ..

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    Respostas
    1. Olá,bom dia ! Você está falando da Cachoeira da Fumaça e afins?

      Segue proposta do grupo e a importância do evento;

      A idéia de discutir de forma mais aprofundada esses espaços nos fazendo presente nos palcos onde foram decididos os rumos de nossa nação é por demais importantes para nossa formação. Haja vista que os currículos e projetos educacionais escolares que na maioria das vezes já chegam prontos e fechados nas mãos dos professores, não contempla visita a campo, principalmente em sítios históricos. Isso gera um distanciamento enorme entre o estudante e o conteúdo programático, fazendo com que o aluno não produza sentido e não faça relações entre o que aprendeu e o que presenciou em uma possível excursão histórica, pois não existe uma relação entre teoria e prática. Portanto isso não é uma premissa acadêmica, mas, isso reflete também de forma positiva na nossa formação pessoal enquanto cidadãos brasileiros, ou melhor, quanto nordestinos que somos e que sofremos ataques, preconceitos e racismos diariamente, a partir do momento que temos nossas culturas renegadas e desapreciadas de forma sistemática nos principais meios de comunicação do país. Combater essas ações passa por estreitamento de nossas culturas, apropriação das mesmas através dos debates, leituras, aulas, viagens e principalmente ensinando o que de forma especial conseguimos absorver desses lugares aos nossos alunos. Fazer com que esses pequenos tenham tanto orgulho das raízes culturais do seu estado e aprendam a admirar e preservar a cultura brasileira.
      A partir disso, resolvemos organizar uma excursão histórica na região da Chapada Diamantina, entender onde se aproximam e onde cada uma mantém suas especificidades, entendo que guardando as devidas proporções essa região também teve uma grande contribuição para a sociedade brasileira.
      Inúmeras são as possibilidades de conhecimentos que a Chapada guarda, inicialmente habitada pelos índios Maracás ela a Chapada é tomada por alguns negros que se aquilombam nessa região, para logo em seguida, a partir de 1710, ser explorada por mineradores que encontram ouro em Rio de Contas Pequeno. Já nos meados do século XIX a invasão da região ganha grande proporção por pessoas à procura de diamantes e pedras preciosas que são encontradas em abundância na região.
      Com a decadência do ciclo de minérios, as grandes famílias dão inícios às grandes brigas entre coronéis, fenômeno social característico da época, onde se destaca na Chapada a figura do coronel Horácio de Mattos, que dos vários episódios protagonizados por ele, se destacam sua ligação com Lampião e a perseguição da Coluna prestes.
      Além desses fatos históricos, existe ainda a beleza natural característica própria dessa região o que torna impossível ao pesquisador não vislumbrar tamanha beleza.
      Entretanto o grupo focará principalmente nos remanescentes quilombolas da região, lugares que muitas vezes passam despercebidos pelo grande publico que visita a região em busca simplesmente do divertimento e apreciar suas belezas naturais. Tentaremos aguçar e provocar a discussão em torno dessas comunidades que tanto contribuíram e que deixaram suas marcas não só na Chapada Diamantina, mas na sociedade brasileira. A exemplo da Comunidade Rural do Quilombo do Remanso, que levam as histórias dos seus antepassados para a sala de aula, ensinando seus adolescentes a importância de sua história. Esses griôs, tal como essa experiência precisam ser conhecida, e é esse o objetivo dos Andarilhos da História.


      Por favor,Procuremos analisar o cronograma de acordo com o que é proposto pelo grupo.Caso não te interesse,iremos entender sua escolha !

      Grato pela atenção;

      Andarilhos da História.

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